Há algum tempo, no primeiro ano da primeira pandemia da era pós moderna, um grupo de 5 amigos aceitou o desafio de levar suas esposas para passear em São Paulo. Tudo isso soa meio irresponsável, sair em viagem em um grupo de 10 pessoas, durante um pandemia, todavia tudo tinha sido planejado e comprado antes da pandemia, o que tornou a tarefa ainda mais difícil, mas o objetivo era um só, agradar as esposas e como consequência desfrutar de uma deliciosa comunhão, foi muito mais do que isso …
“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se.” Ec 4:9,10a
A viagem nos impôs alguns desafios, o primeiro grande desafio foi conciliar as agendas, 10 pessoas que trabalham, tem filhos e moram em cidades diferentes ou bairros diferentes, esse desafio junto com o desafio de escolher um hotel bem localizado que coubesse no bolso de todos, restaurantes que coubessem no bolso de todos e no paladar, além de passeios que agradecem a maioria, tudo isso só foi possível porque alguém sempre cedia, alguém sempre abria mão em prol do grupo, da comunhão e da união, como disse o texto citado acima: “É melhor ter companhia do que estar sozinho …” andar em grupo exige maturidade para entender o que era mais importante, e nesse caso o mais importante era manter a unidade do grupo, e quando se perde para ganhar essa unidade e comunhão todos ganham e não há derrotados.
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” Fl 2:4
Mas os desafios de uma viagem dessa vão além de ceder para ter união, é preciso que também tenham líderes, e que esses líderes tenham sabedoria para liderar, não pelo poder, nem pela força, muito menos pelo grito ou pela velha e chata chantagem emocional que diz: “se não for do meu jeito eu não vou”. Os líderes de verdade pensam no melhor para o grupo, não com “ambição egoísta”. Além disso foi impressionante como os líderes se revezaram nessa viagem, afinal, eram 10 líderes convivendo juntos, uma hora um liderava, outra hora outro, foi maravilhoso ver esse revezamento, e teve erro de liderança também, mas contornado pelo grupo e “passeio que segue”, falhas sempre acontecerão.
“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos.” Fl 2:3
E para ter líderes precisa ter liderados, e isso não faltou também, e não eram liderados “bobos” não, quando o sugerido desagradou o grupo, foi levantado uma “questão de ordem” e o plano era revisado, liderados que sabiam o que queriam também e quando necessário se impuseram com moderação e respeito, sempre visando a união e a comunhão do grupo. Que lição que precisa ficar para a vida toda!
Por fim, o que aconteceu foi uma prova de amizade incontestável, um tempo incrível de crescimento, troca de experiências e a certeza de que andar em grupo, exige muito mais esforço do que andar sozinho, mas a comunhão e alegria não tem preço e trazem muito mais felicidade.
Que fique a lição, para andarmos em grupo não apenas em viagens ou em determinados momentos da vida, mas que possamos aprender a viver em comunhão com a humanidade, e não apenas com nossos amigos e irmãos, afinal foi Deus quem criou a humanidade, e viver em comunhão e harmonia é a parte mais difícil de exercer nossa humanidade, mas também a mais prazerosa.
Eli Cruz Jr.