Compartilhando o que me deixa feliz nº 3
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada.
Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina.
Essa sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.” 1Timóteo 1:8-11
Não sei quanto a vocês meus filhos, mas eu fico encantado com a forma como o SENHOR usa a Sua Palavra para falar e nos transformar. Ele graciosamente sempre dá um jeito de tocar em alguma área da minha vida. Realmente fico feliz em estudar a Sua Palavra, por isso compartilho com vocês o que me deixa feliz.
Neste pequeno texto algumas coisas me chamam a atenção.
Primeiramente, A Palavra de Deus é boa, quando usada de maneira adequada:
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada…”
Paulo, o apóstolo, fez referência anteriormente a um grupo de homens que estavam em Éfeso, passando-se por “mestres”, e acabando por criar uma “salada de frutas” entre os princípios cristãos, que haviam sido acordados em Jerusalém anos antes (cf. At 15), e com as práticas judaizantes, que estavam vinculada à cultura dos primeiros convertidos (v. 7).
Ele ainda deixa bem claro que não há problema com a “lei”. Certamente aqui no texto, quando Paulo fala do caráter dela (v.8), ele está tendo em mente algo mais restrito (vv. 4, 9,10) e que por isso ela nunca foi oferecida como meio de salvação (At 13:39; Rm 3:20; Gl 2:16,21; 3:11).
Falar da “lei” é sem dúvida referir-se, em última instância, ao compêndio escrito por Moisés, ou seja, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Eles são chamados respeitosamente pelos judeus por Torah (Lei do SENHOR).
Paulo está lembrando a Timóteo dois aspectos verdadeiros acerca da Palavra de Deus (última instância) e dos valores éticos, espirituais e cerimoniais contidos na lei (aspecto restrito):
a. Ela é boa.
b. Ela pode ser mal empregada.
Estes aspectos apontam para duas faces de uma mesma moeda, mas com uma diferença: a MOTIVAÇÃO. No primeiro caso aquele que lê deseja que ela o transforme, por isso ela é boa. De fato o único meio de sermos diferentes está na valorização dos ensinos da Palavra de Deus.
Quando nós a lemos com o desejo de viver estas verdades, então somos transformados; por isso, ela é boa! Em contra partida posso utilizar mal a leitura da Palavra de Deus, pois não desejo realmente que ela me transforme, mas que sirva apenas como uma evidência da minha religiosidade. Ou posso ainda utilizar-me dela, de forma tendenciosa e equivocada, para justificar meus comportamentos questionáveis. Esta é a razão para termos em nossos dias “n” denominações com caraterísticas e tendências para todos os gostos.
Analisando sob este prisma, logo me indaguei e repasso a questão a vocês meus filhos:
Qual é a minha motivação em ler, estudar e querer conhecer a Palavra de Deus? Meus filhos, quando vocês leem a Palavra de Deus qual é a sua motivação?
Preciso confessar-lhes algo! Eu já li muitas vezes a Bíblia por obrigação, pois isso fazia parte do meu “trabalho”. Eu lhes garanto, nestas vezes a Palavra de Deus não teve nenhum sabor especial como está acontecendo agora.
Um segundo aspecto que me chamou a atenção é o fato da Palavra de Deus conscientizar-me de quem eu sou diante de Deus:
“Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina.”
Não é novidade o fato de que somos pecadores, não é verdade (cf. Rm 3:23)? Entretanto a leitura, o estudo e propósito dela não é realçar o pecado simplesmente, mas mostrar que através da GRAÇA de Deus em mim eu posso ser diferente. Aleluia!
Fico feliz em poder perceber isso! Preciso então confessar o meu pecado e buscar os princípios para uma vida diferente na graça e dependência do SENHOR pela ação do seu Santo Espírito em mim.
Isso não é maravilhoso meus filhos? Então digam como eu: Aleluia!
A confissão é muito mais do que declaração (“dizer”, “dar nome”). É a admissão consciente do pecado identificado e a busca pela graça do perdão disponível na obra de Cristo.
Filhos, não percam a oportunidade de confessarem seus pecados para experimentarem a graça de Deus tornando-os diferente a cada dia (cf. 1Jo 1:9)!
O último aspecto que chamou minha atenção no texto foi o fato da Palavra de Deus ser confiada a mim:
“Essa sã doutrina se vê no glorioso evangelho que me foi confiado, o evangelho do Deus bendito.”
É fato que Paulo recebeu do SENHOR revelações que constituíram no esclarecimento de um mistério oculto no Antigo Testamento (cf. Ef 3:2-6 dá uma lida!).
Isto eu não recebi e nem receberei para dizer como ele “me foi confiado”. Entretanto, eu recebi em minha vida o mesmo evangelho que alcançou Paulo, assim como vocês também receberam. Por isso, nós temos sidos transformados e que por isso somos agora responsáveis por proclamá-lo. Portanto é neste sentido que compreendo que a Palavra de Deus foi confiada a mim, não apenas como zelador, mas promotor e beneficiário dela.
Deixe-me abusar da sua boa vontade meus filhos ao pedir que vocês respondam as minhas seguintes perguntas (vou esperar pelas respostas):
– Como vocês se tornam um zelador da Palavra de Deus?
– Como vocês se tornam um promotor da Palavra de Deus?
– Como vocês se tornam um beneficiário da Palavra de Deus?
Vou deixá-los com estes conselhos: avaliem sua motivação na leitura da Palavra de Deus; confessem seus pecados para uma vida diária transformada e promovam a Palavra de Deus visto que são beneficiários dela.
Compartilhem suas ideias comigo!