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Convém Pregar Poesia – Abolição

Abolição

Geralmente não sei o que querem de mim,
Mas alguém com certeza sempre quer algo.
A carne negra sempre foi a mais barata do mercado.
Pele negra brilhando ao sol contrastando com as roupas de cetim.
Nosso suor ainda rega a terra onde floresce o branco dos cafezais.

Somos tão diferentes! Embora na cor do sangue, sejamos iguais.
O canto triste da senzala hoje embala seu salão de festas!
Comíamos o resto da porcaria, que hoje fina iguaria, já nem isso mais nos resta.
Brilhamos nos esportes, nas artes, pra nossa alegria e sorte e pra diversão da geral!
Somos o ópio do povo, somos o bobo da corte, nos palcos da vida real.

Mas, nos camarins da senzala dos guetos em que moramos,
Vivemos o drama dos vícios, da miséria e da marginalização das pessoas que amamos.
Somos pops, chiques, cults, mas, ainda não somos gente!
Somos sempre a maioria fraca, por fazermos a mesma coisa por motivos diferentes.
Somos macacos adestrados, dançando conforme a musica do maestro.

E se saio do compasso, sou o preto marginal que deixou de ser legal e concordar com o resto.
Aqui é assim; mas, não me preocupo mais! “Já subi a montanha e vi a terra prometida”
Pois eu sei que como povo preto, transcenderemos aos horrores dessa vida!
E podem estar certos de que estarei com vocês quando esse dia chegar!
Nós cruzaremos o rio, sairemos do vale e toda cor, desaparecerá quando a gloria enfim, brilhar!

Pra ruminar vida afora:

“…No qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”
Colossenses 3:11

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