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Obediência incondicional

A Bíblia é muito clara sobre a vontade de Deus para seus filhos: obediência. É só
analisar textos como Romanos 15.18 e 2Coríntios 10.5,6 para saber que o ministério de Paulo
era conduzir os cristãos à obediência. Neste caso, a tentação de Jesus revela, mais uma vez,
sua importância, por mostrar Jesus como um obediente incondicional.
O princípio da obediência é algo que exala entre as linhas de Mateus 4.1-11, ao verificar
a tentação passada por Jesus. Esse evento foi um convite explícito à desobediência e
desconfiança em Deus, mas a obediência incondicional foi o mandamento supremo de Cristo,
assim como suas respostas evidenciam o desejo de se identificar com os homens em suas
lutas.

A passagem da tentação se mostra como o ápice da prova de obediência do próprio
Cristo, em que a dúvida em relação a sua lealdade e fidelidade seria evidenciada, algo nunca
alcançado pelo povo de Israel. Da mesma maneira, a Igreja é conclamada à obediência a Deus
mesmo nas dificuldades e tentações, com humildade, não dependendo das próprias forças,
mas tão somente de quem a fortalece.

Cristo escolheu a obediência! Escolheu viver de acordo com as bem-aventuranças,
ensinadas por ele mais tarde, em Mateus 5.3-12. Ao ensinar sobre as bem-aventuranças, Jesus
antes concedeu aos cristãos o exemplo de como colocar em prática tais ensinos. Foi em sua
tentação que Ele mesmo se revelou humilde, manso, com fome de justiça (e não somente de
pão), perseguido e injuriado. E, diante disso, é o bem-aventurado por excelência.
Uma desculpa muito utilizada quando o cristão desobedece a Deus e,
consequentemente, peca, é que as circunstâncias o levaram a isso. A pessoa se coloca como
vítima da vida, de situações desfavoráveis que assombram sua existência, de modo que a
obediência praticamente torna-se a única opção.

Vale lembrar, porém, que Jesus nos ensina o contrário. Em se tratando das
circunstâncias, o exemplo de obediência de Cristo torna-se ainda mais sublime. Enquanto o
primeiro Adão sucumbiu na mais favorável condição, Cristo resistiu na pior das condições,
passando fome, sentindo cansaço e estando sozinho por quarenta dia e quarenta noites. Jesus
resistiu o que Adão nem sequer tentou, revertendo a história da humanidade.
Adão tinha o ambiente mais favorável possível, vivendo no Éden, o jardim perfeito que
Deus criou. Não havia pecado. A natureza pecaminosa ainda não existia nos humanos. E,
mesmo assim, ele desobedeceu. Por outro lado, José viveu grande parte de sua vida num
contexto de solidão espiritual. Ele era, muito provavelmente, o único salvo em todo o Egito, o
único que temia a Deus. Mas nas condições mais desfavoráveis, ele obedeceu, assim como
Jesus.

Talvez isso tenha motivado Paulo a escrever Romanos 5.19. Jesus e Adão tornam-se
representantes da humanidade perante Deus. Adão como introduzindo a desobediência, que
está presente no coração de todo homem. Jesus como responsável por apresentar o salvo justo
diante de Deus, por meio da sua obediência. Como o autor de Hebreus afirma nos versículos 8
e 9 do capítulo 5, Jesus, “embora sendo Filho, aprendeu a obedecer por meio daquilo que
sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte de eterna salvação para todos os que lhe
obedecem”.

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